25 de nov. de 2011

Man Is The Bastard – D.I.Y.C.D.

Formado em 1991, o Man Is The Bastard foi a "evolução" do Neanderthal e uma das bandas mais representativas e importantes do powerviolence (foi em uma música do Man Is The Bastard que o termo powerviolence foi "usado" pela primeira vez). Formada por Eric Wood (Pissed Happy Children, Neanderthal, Bastard Noise) e Aaron Kenyon nos baixos e vocais, Joel Connell (Pissed Happy Children, Bastard Noise) e com colaboração de diversos músicos da cena powerviolence da época (Joe Denunzio, Andrew Beattie e Henry Barnes foram alguns dos principais), faziam um som completamente ímpar e até mesmo à frente de seu tempo, usando técnicas não convencionais de distorção e captação de som, possuíam seus próprios amplificadores (feitos pelos próprios integrantes da banda) e não costumavam usar guitarras (ao invés disso usavam dois baixos).

A banda esteve ativa até 1997, lançou diversos EP's, splits e alguns álbuns (por diversos selos de diferentes países, geralmente em cópias limitadas e numeradas), fez muitos shows em diferentes países, inclusive no Japão e Canadá, talvez tendo sido a banda de powerviolence que mais tenha excursionado para fora dos EUA. Este álbum que vos apresento aqui hoje é uma antologia de tudo que a banda havia lançado até 1995, aproveitando a ascenção dos compact-disc e também o fato de que muitos materiais da banda (lançados em vinil) já estavam esgotados, esta compilação foi lançada pela Slap A Ham em 1995 e relançada em 2006, pela Deep Six.

O que temos aqui é um total de 54 sons que mostram realmente como o Man Is The Bastard era uma banda extremamente criativa e técnica, as músicas, em sua maioria, são curtas, muitas não passam de um minuto, mas mostram uma energia e uma agressividade muito grande, mesmo não sendo um som tão rápido; na verdade uma das características deles eram justamente as músicas serem um pouco mais lentas e bem mais pesadas que as outras bandas da época. Os baixos e os vocais de Wood e Kenyon dão um clima tenso e às vezes até mórbido as músicas, casando perfeitamente com as letras da banda, que apresentavam fortes críticas contra a sociedade e ao ser-humano.

As músicas estão todas em ordem cronológica, o que também é ótimo para perceber como a banda foi evoluindo cada vez mais com o tempo, deixando o som cada vez mais pesado, sem perder sua "veia primitiva". Para quem não conhece o som da banda ou nunca ouviu com muita atenção, sugiro que pegue este álbum pois é uma obra valiosa e que consegue captar muito bem o espírito do Homem Bastardo! 

Tracklist:

Charred Remains A·K·A Man Is The Bastard
Eunuch    
No Concern For The Inhuman    
The Arena        
Refuse To Thrive 
Dis-corporation - The Power Of Hash
Existence Decay
Secret Surgery    
Attempt To Damage
Smile Trick    
Telegram Death Threat    
Once Upon A...        
Shoes Of Cement    
(Tony Williams) Strifetime    
H.S.M.P.    
Backward Species
Ether Rag        
Stocks     0:23    
Blood Gutter    
Heretic's Fork    
Koro Treatment        
Justice Is Swift (Jack)
Poacher
Bastard Noise
Trapped Within Burning Machinery / Pain Of The Iron    
Steak Eating Boss    
Lobotomize A Cop
Fine Feathered Friend
Abundance Of Guns
Scavengers World    
Regression To Birth
Mocha Rebirth
Semen In The Eyesocket Of Thomas Lenz    
Slave To The Bean    
The Iron Room
Incoming    
Volatile Cocktail     
Tumult Being    
Abundance Of Guns
Suttee    
Sanctify Of Oil
Grasp The Bug
Human Condition
Mary Jane (The Ultimate Girl)
Oil Bomb    
Man Is The Bastard
S.O.I.G.    
Work To Death    
Instantly Bent
Screwdriver In The Urethra Of Thomas Lenz
Snake Apartment    
Walkers Of The Streets    
The Brutality Continues...
Doll    
Media Prophet    
Slay Or Slander    
Squaw    
De-programming The Bigot
Flying Limbs     
Tomb Ride    
Mr. Wilson
Lime Doom
Untitled

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