SPAZZ! O nome mais conhecido do powerviolence, principalmente aqui em terras Brasileiras, o Spazz foi (e talvez continua sendo) a maior influência de grande parte das bandas de powerviolence que surgiram por aqui. Formado por Chris Dodge (Lack Of Interest, Despise You, Low Threat Profile e mais uma dezena de bandas) no baixo e vocal, Dan Bolleri (tocou apenas no Spazz e após o fim da banda tornou-se Dj com a alcunha de DJ Eons One) na guitarra e vocal e Max Ward (What Happens Next?, Scholastic Death, Plutocracy e muitas outras bandas) na bateria e vocal, o grupo esteve em atividade de 1992 a 2000, lançando muitos (quando digo muitos, no caso do Spazz são muitos MESMO!) splits, EP's e participando de diversas coletâneas de diferentes selos.
Uma importantíssima banda no powerviolence, o Spazz foi um dos grandes responsáveis por consolidar de vez o gênero não só musicalmente, mas também em termos de "logística e organização", visto que tanto Chris Dodge quanto Max Ward possuíam selos independentes (Slap A Ham e 625 Thrashcore, respectivamente) que foram responsáveis por muitos lançamentos de inúmeras bandas de powerviolence da época, sem contar com os festivais Fiesta Grande (organizado por Chris Dodge com sua Slap A Ham) e Super Sabado Gigante (organizado por Max Ward em nome da 625 Thrashcore), dois grandes festivais que juntavam as principais bandas do gênero e que foram responsáveis pelo surgimento de inúmeras outras bandas; enfim, pode-se dizer que não gostar (ou ao menos não reconhecer sua importância) de Spazz equivale a um fã de heavy metal não gostar de Black Sabbath, só pra exemplificar a importância desses caras.
Uma das principais características da banda era o senso de humor ácido e as frequentes citações e alusões a filmes de kung-fu, filmes-B e luta livre, fora o incontável uso de vinhetas, não só entre as músicas, mas também durante as músicas costumavam usar samplers com batidas de Hip-Hop, falas de filmes-B e às vezes até trechos de músicas de jazz. Outra característica forte deles eram as artes dos álbuns, que ao contrário das bandas da época, que faziam artes extremamente simples (vide o Neanderthal, Infest e Man Is The Bastard) muitas vezes contando apenas com o nome da banda e do álbum na capa, o Spazz usavam muitas imagens de filmes de kung fu, colagens, caricaturas e desenhos nas artes e capas dos álbuns, com certeza era a banda que mais caprichava e se diferenciava nesse quesito.
Lançado em 1999, este álbum que posto aqui hoje foi o último registro da banda e talvez o mais rápido e agressivo deles, o álbum é do início ao fim cheio de críticas à cena. Ninguém se salva, os caras mandam críticas pesadas (mas tudo naquele belo, ácido e sarcástico humor negro) aos colecionadores de discos, aos "punks da web" (isso em 1999 hein), aos críticos musicais entre outras cretinices que vemos até hoje (aqui no Brasil, inclusive) em meio a "cena underground". Tudo que comentei sobre a banda até agora pode ser conferido neste álbum, as vinhetas, as referências a filmes, o humor ácido e o principal: a agressividade mesclada com a experimentação musical. Apesar da banda ter terminado em sua época mais ferrenha, deixaram um ótimo e enorme legado, e como último registro este belo petardo recheado de críticas e de músicas rápidas, Let's fucking GO!
Tracklist:
Zodiak
Snowcone Ribplate
Cool Guy
Dwarf Goober Militia
Let's Fucking Go!!!
Complete And Utter Eradication Of All Generic Pop Punk (Extended Version)
Sword Of The Lord
A Legend In Your Own Mind
Street Jam To The Second Power
Hort
Black N Dekker Crusty Wrecker
Bobby Dee In The Hour Of Chaos
Gary Monardo's Record Vault Shirt
Not Even Phased
Campaign For Emo Destruction
Hardcore Before Mark McCoy Was Emo Semen
Sluta
shovetheinternetupyourgapinganalcavity@dork.com
Hoarder
Now 50% More Pants Shitting
Let The Beatings Commence
Chris Pooped At The Skatepark
Jeb For Ruler Of The (Formerly) Free World
Staayyyle
Crush Kill Destroy
Download!
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